A varicela (“catapora”) e o herpes zoster (“cobreiro”) são entidades distintas causadas pelo mesmo vírus, conhecido com vírus varicela-zoster (VZV) ou herpesvírus humano tipo 3.
A varicela ocorre com maior frequência na infância e resulta da infecção primária. Já o herpes zoster é mais comum no idoso, e tem origem na reativação do vírus após a primeira ocorrência de varicela: só tem o Herpes zoster quem já teve a varicela. Várias condições estão associadas ao aparecimento do herpes zoster, como baixa imunidade, câncer, trauma local, cirurgias da coluna e sinusite frontal. Os idosos mostram uma diminuição da imunidade ao vírus, o que explica sua maior ocorrência após a quinta década.
A dor é o sintoma mais importante no herpes zoster. Ela costuma preceder o aparecimento das lesões e pode persistir por várias semanas ou meses após a resolução das lesões. A complicação é conhecida por neurite pós-herpética. A característica mais marcante do herpes zoster é a distribuição e localização da erupção, que costuma ser do mesmo lado do corpo, não atravessando a linha média. As lesões consistem em vesículas dispostas em trajeto linear, acometendo frequentemente o tronco, a face ou os membros.
O diagnóstico costuma ser clínico. No estágio pré-lesão pode ser confundido com outras causas de dor localizada, no entanto, quando a erupção aparece, o diagnostico é quase sempre óbvio.
Os principais objetivos do tratamento são limitar a extensão, duração e gravidade da doença na sua fase aguda e aliviar a neuralgia pós-herpética (dor intensa mais comum a partir dos 50 anos de idade), com emprego de analgésicos e drogas antivirais, que devem ser iniciados precocemente, de preferência até 72 horas após o início dos sintomas: por isso é importante procurar o dermatologista rapidamente. No caso de surgimento de lesão de herpes zoster na região centro facial, acometendo nariz e olhos, deve-se procurar o médico imediatamente.
A vacina contra herpes zoster (Zostavax®) é indicada para pessoas com mais de 50 anos – faixa etária em que o herpes-zoster é muito mais comum – reduzindo o risco de ocorrência em cerca de 50%. Ela foi aprovada pelo FDA (órgão dos EUA responsável pela regulação de medicamentos e alimentos) e pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil há poucos anos. É indicada somente para prevenção, e não para tratamento. Em pessoas com herpes zoster ativo ela deve ser usada após passados 6 meses do episódio.
O Herpes Zoster é diferente do Herpes Simples, que é causado por outro vírus e é recorrente
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